Não tens o direito de fazer isso...
Não tens o direito de apropriar-se de meu sono...
Não tens o direito de tomar-me a paz que demorei incontáveis meses para restituir...
Não tens o direito de ressuscitar lembranças que acreditei estarem esquecidas...
Não tens o direito de alterar meus batimentos cardíacos, tão pouco de acelerar minha respiração...
Não tens o direito de roubar-me o riso... e menos ainda de me fazer sorrir sem explicação...
Não tens o direito de instigar esperanças...
Não tens o direito de preencher meus olhos em lágrimas...
Não tens o direito de depois de tudo, reaparecer do nada...
Não tens o direito de lembrar-me o quanto fui e sou por ti completamente apaixonada...
Não tens o direito de fazer-me sentir culpada...
Não tens o direito de incentivar meu corpo à luxúria, ao prazer e ao pecado...
Não tens o direito de modificar toda e qualquer visão que eu tenha desse mundo...
Não tens o direito de reaproximar-se de mansinho, até possuir-me inteira novamente...
Não tens o direito de comemorar minha vida, após ter assassinado todos os nossos dias...
Não tens o direito de tirar qualquer proveito do que sinto...
Não tens o direito de voltar, sendo que decidiu partir, quando poderia (e deveria) ficar...
Não tens qualquer direito em pretender que eu volte a te querer, te desejar e te amar...
Não tens nenhum direito de desestruturar-me...
Cyssa Amaral
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