"Algumas vezes sinto-me portadora de uma certa cegueira,
deficiência auditiva ou sem fala
e é como se eu não soubesse
ou não pudesse pedir ajuda...
Em outras vezes
é como se aqueles que estão a minha volta possuíssem tais limitações
e não conseguissem interpretar
meus gritos de socorro...
E então
escondo-me atrás de um muro
invisível à visão humana,
cerco-me de gritos inaudíveis
à percepção sonora comum a todos
e torno-me refém dos monstros
que eu mesma criei
enquanto esperava por um auxílio
que sequer ousei pedir...
Procuro permanecer em silêncio
enquanto ouço minha própria tempestade partir..."
Cyssa Amaral
15.11.2013
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