DIVIDIDO

Diante de tanto amor
encontro-me dividido.
São dois amores,
seres amados e desejados
por um único ser.
Opostos que me atraem
erroneamente, perturbando-me.
E não sei qual escolho,
Se prefiro este ou aquele amor.
Se o que é franco e aberto
ou o que se fecha e se tranca
num maravilhoso mistério.
Não sei se machuco uma escolha,
Se firo as duas ou me corto só.
Repartido e massacrado,
pisoteado entre dois amores.
Cada qual ao seu modo me encanta.
E me perco na decisão adiada,
dia-a-dia, propositalmente...
Quanto mais tardia a escolha
mais tempo fico a usufruir
meus dois amores.
Sigo amando a decisão de
permanecer com ambas opções,
até que uma das alternativas
se canse e se subtraia de mim.
Deixo então de dividir-me
para somar-me ao que restou
daquela minha divisão.
Tendo que contentar-me então,
com a escolha que sobrou.


Cyssa Amaral
23.07.2011



PRECISO COLOCAR UMA OBSERVAÇÃO AQUI! ESTE POEMA, SE ASSIM PODE SER CHAMADO, FOI PEDIDO DE UM AMIGO QUE, DIVIDIDO ENTRE O AMOR DE DUAS MENINAS, SOLICITOU ALGO PARA ILUSTRAR TAL ROMANCE. FIZ CONFORME ACHEI CONVENIENTE: NO MASCULINO E MEIO CAFAJESTE (AFINAL O CONSIDEREI ASSIM rsrsrs). SENTINDO-SE CONSTRANGIDO PELO POEMA, PEDIU QUE FIZESSE OUTRO NÃO DEIXANDO TÃO ÀS CLARAS SEU TRIÂNGULO AMOROSO. ESTE  ENTÃO PERMANECE  AQUI, A CRIAR ENCRENCAS PRA MIM, ÓBVIO, POIS ACHARÃO QUE ENCONTRO-ME EM TAL SITUAÇÃO. QUEM DERA ESTIVESSE...  MEU CORAÇÃO TOLAMENTE ENTREGOU-SE A ALGUÉM SEM AO MENOS SOLICITAR PERMISSÃO...