Não sei bem quem ou o que sou. Ainda tento desvendar meus próprios segredos. Sempre descubro alguma coisa a meu respeito. Estou me autoconhecendo aos poucos.

sábado, 9 de julho de 2011

INVERNO ENTRE NÓS




O ar frio da noite circula em meio aos nossos corpos
E sinto a brisa invadir-me a pele como punhais
O vento corta o rosto, machuca e arde
Nesse inverno rigoroso que agora faz.

E diante de tua ausência o frio cresce
Sua voz já não me esquenta, saudade aperta
Tua falta é clara e gélida, isso entristece
A insegurança escancara a porta, deixando aberta.

Com o arrepio e o tremor que me toma o corpo
O desejo de ter você me aquece e me satisfaz
Mesmo com tanto frio, com dor no corpo
Tua lembrança acalma minha mente e me refaz.

Ao amanhecer o recomeço chega com uma nova chance
Trazendo o calor do sol em sua companhia
Diante deste aconchego me levanto de saída
E você, ainda longe, se deita terminando mais um dia.

Enquanto longe, os opostos nos confundem
Meu corpo congela na rua em que caminho fria
Você relaxa no calor de sua moradia
E termina mais uma vez quando começa o meu dia

Cansado do frio que lhe corrompeu o corpo
Descansa em tua cama, envolvido no edredon que te aquece
Eu, ainda distante, começo minha jornada
E você, fechando olhos, finaliza o dia que amanhece.



Cyssa Amaral
08.07.2011

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